O acelerado
desenvolvimento tecnológico e industrial do mundo moderno, associado aos
ilimitados desejos dos seres humanos gera uma série de problemas para a sustentabilidade,
entre eles destacam-se: O lixo, a poluição do ar e dos rios, poluição dos mares
e oceanos, a devastação das florestas, e as doenças sociais e emocionais na população
causadas pelo stress e pelo excesso de trabalho e pelas frustações da vida
moderna.
Por outro lado,
observa-se cada vez mais a incapacidade dos Estados modernos de proverem todas
as necessidades de seus cidadãos, que a cada dia estão mais exigentes e com
mais necessidades para serem atendidas. Assim, percebe-se uma crise nos
serviços de saúde, educação, segurança, trânsito e transporte urbano, crise
esta causada pela falta de planejamento de médio e longo prazo nas políticas
públicas, a fim de tornar os aparelhos estatais mais preparados para melhor
servir os seus cidadãos.
Neste contexto, surgem
as organizações sociais, também denominadas OSCIP – Organizações Civis de
Interesse Público – que são voltadas para atender as demandas da sociedade e
que não visam obter lucro, com seus serviços. Estas organizações surgem através
de pessoas que através da sua visão e da vontade de fazer o bem para contribuir
para a melhoria de vida da coletividade, institucionalizam as suas ideias e
projetos, e através de suas organizações executam e implementam atividades para
atingir este fim, que é a melhoria de vida das pessoas.
Estes
líderes de visão, capazes de sonhar e que planejam e conseguem executar
atividades para atingir seus sonhos, contribuindo para a melhoria da vida das
pessoas, são denominados de empreendedores sociais. Eles são os responsáveis
por criar e executar atividades que possam transformar a vida e a realidade de
pessoas ou de um grupo de pessoas.
Na
visão de Fischer (2011) e Parente et. al. (2011) os empreendedores sociais
buscam incrementar o desenvolvimento socioambiental de comunidades que não se
desenvolveram, realizando inovações sociais e aplicando técnicas de gestão para
promover um valor social, e assim promover a inclusão social das pessoas destas
comunidades.
Ao
empreendedor social cabe a missão de criar as condições necessárias para
contribuir na formação de cidadãos, tornando-os mais capazes para suplantarem
os obstáculos do seu dia-a-dia, e assim contribuir para que os mesmos sejam
mais auto- sustentáveis.
A ASHOKA (2012) é uma organização que
foi criada para apoiar e desenvolver empreendedores sociais, ela define os empreendedores sociais, como:
“Indivíduos visionários que possuem capacidade empreendedora e
criatividade para promover mudanças sociais de longo alcance em seus campos de
atividade. São inovadores sociais que deixarão sua marca na história”.
É através deste trabalho destes empreendedores
sociais que o mundo vai mudando e se tornando um lugar melhor de se viver.
Os empreendedores sociais são idealistas e são
missionários, trabalham e se esforçam para alcançar seus objetivos, que na
maioria das vezes estão relacionados com a geração de felicidade ou de melhores
oportunidades para que as pessoas possam viver. Combater a pobreza, diminuir a
fome, gerar emprego e renda, diminuir a violência e a contribuir na formação e
educação das pessoas são alguns dos problemas que os empreendedores sociais
podem trabalhar para resolver.
A criação de organizações de caráter social ou o
desenvolvimento da cultura da responsabilidade social em organizações públicas
e privadas é uma importante ação estratégica do Empreendedor Social, que
contribui para a construção de um exército de pessoas trabalhando pela
construção de um mundo melhor.
Ser
empreendedor social é ser comprometido com a geração de idéias, estratégias e
ações voltadas para mudar a vida das pessoas, tornando-as mais produtivas, mas
felizes e mais saudáveis, e isto pode ser feito através da liderança, da ética,
da persistência e da prudência.
No mundo contemporâneo
há diversas organizações voltadas para ajudar e contribuir para melhorar a vida
das pessoas, mas este esforço ainda é insuficiente, em razão dos diversos
problemas do mundo, assim os empreendedores sociais são considerados essenciais
para melhorar o mundo contemporâneo.
REFERÊNCIAS
ASHOKA
– Organização mundial sem fins lucrativos. 2013. Disponível http://www.ashoka.org.br. Acesso: 13 Maio
2013.
FISCHER,
R. M. Empreendedorismo social:
apontamentos para um debate. In:. In: SOLA, L. (Org.) Políticas Sociais
– Ideias e Práticas. São Paulo: Editora Moderna, p. 183-286, 2011.
PARENTE,
C.; COSTA, D.; SANTOS, M.; CHAVES, R. R. Empreendedorismo
ocial: contributos teóricos para a sua definição. In: Encontro Nacional de
Sociologia Industrial, das Organizações e do Trabalho: Emprego e Coesão Social:
Da Crise De Regulação À Hegemonia Da Globalização, 14 .2011, Lisboa.. Anais...
Lisboa, 2011.