Um
dos grandes problemas Brasileiros é a CORRUPÇÃO. Lamentavelmente a
população brasileira aceita e é complacente com esse mal, que
assola e destrói o nosso País. A nossa população aceita e é
conivente com a política do “jeitinho Brasileiro”, quando
permite que as pessoas se utilizem da “lei de Gerson”, quando se
omite em denunciar, ou quando no seu dia a dia não cumpre o seu
papel, e/ou não exige que as pessoas cumpram às regras, os
contratos e as leis.
Aliado
a esse fato, vivemos em uma cultura da IMPUNIDADE, em que há um
sistema que favorece pela não punição dos culpados. Obviamente,
aqueles que possuem mais condições, pois ou possuem mais
conhecimento de como burlar a lei e as regras, ou possuem recursos
para contratar os melhores juristas para defendê-los. Segundo um
relatório da ONU (2009) esse é um dos grandes problemas do Brasil
para combater a Corrupção.
É
nesse contexto de cumplicidade e omissão que vive a nossa sociedade
“organizada”. Mas será que somos uma sociedade organizada?
Considero que ainda estamos nos organizando, visto que o termo
organização estabelece regras e cumprimento das mesmas. Boa parte
da nossa sociedade sabe muito mais exigir seus direitos, que cumprir
seus deveres, só consegue ver as falhas dos outros, mas não observa
as suas falhas. Exige-se que as outras pessoas cumpram as regras, mas
procura meios para burlá-las, quando essas regras impedem do alcance
dos seus objetivos. Exige que os políticos sejam probos, honestos,
mas quando se observa uma situação que pode lhe trazer algum
benefício, procura subterfúgios e “jeitinhos” para tirar
vantagens da situação.
Oh!
Pobre futuro do Brasil. Estruturas arcaicas de poder não permitem
que mudanças sejam implantadas no Brasil, em busca de maior rigor
nas leis e na busca de maior punição. Um País onde é necessário
investir maciçamente em educação e cultura. Educar
para a prática
da virtude, e extinguir
da sociedade essa
cultura da vantagem, do “esperto”, do malandro. Como dizia
Aristóteles somente à prática da virtude nos levará a felicidade,
e essa busca pela felicidade de forma virtuosa deve ser a ética que
rege as relações pessoais.
Como
a pauta do momento na Mídia é a corrupção, e observa-se a
população cada vez mais indignada
com os desvios de dinheiro público e com as vantagens “ilícitas”
alcançadas por agentes políticos e públicos no exercício de seus
mandatos e cargos públicos; defendo que é a hora de iniciar um
grande debate em todas as organizações sobre os fatores e as
responsabilidades de cada um de nós, sobre a manutenção desta
cultura do jeitinho brasileiro, que alimenta a corrupção em nosso
país.